A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença sistêmica crônica. Por ser
sistêmica, significa que ela pode afetar diversas partes do organismo (embora
atinja principalmente as articulações); por ser crônica, não se consegue obter
a sua cura (e sim o seu controle). A causa ainda é desconhecida, mas sabe-se
que é autoimune, ou seja, os tecidos são atacados pelo próprio sistema
imunológico do corpo.
A doença acomete cerca de 1% da população mundial adulta. Qualquer
pessoa, desde crianças até idosos, pode desenvolver a doença. No entanto, ela é
mais comum em mulheres por volta dos 50 anos de idade. Pessoas com história de
Artrite Reumatoide na família têm mais risco de desenvolver a doença.
Os principais sintomas são: dor, inchaço, rigidez e inflamação nas
membranas sinoviais e nas estruturas articulares. Com a progressão da doença –
e se esta não for tratada adequadamente –, os pacientes podem desenvolver
incapacidade para a realização de suas atividades cotidianas.
A artrite reumatoide pode provocar
alterações em todas as estruturas das articulações, como ossos, cartilagens,
cápsula articular, tendões, ligamentos e músculos responsáveis pelo movimento
articular, além de complicações em outros órgãos e sistemas do corpo.
Porém, não é possível prever como
será a progressão da AR, pois ela varia de acordo com cada caso, apresentando
padrões de evolução distintos. Em um grande número de pacientes, poderão
ocorrer lesões ósseas e articulares irreversíveis, perda da qualidade de vida e
aumento da mortalidade quando a doença não é tratada adequadamente.
Na trajetória da AR, as lesões
ósseas se manifestam cedo: a diminuição do espaço articular e as erosões
ocorrem em 67% a 76% dos pacientes nos dois primeiros anos de evolução da
doença.
A pessoa que tem Artrite
Reumatoide pode e deve praticar atividade física, sobre tudo para manter o
condicionamento cardiovascular. É também importante para manter o
fortalecimento da musculatura como um todo, pois os músculos dão sustentação às
articulações. As atividades não devem ser exaustivas e nem causar impacto, e
nos períodos de atividade da doença, o repouso deve ser indicado. Um programa
específico de exercícios pode ser orientado pelo médico, fisioterapeuta ou
educador físico, após avaliação cuidadosa de cada caso.
Fonte:
Sociedade Brasileira de Reumatologia.